"Bandersnatch" é a mais recente e interessante produção da plataforma de entretenimento em streaming Netflix.
É um evento Black Mirror - não um filme, nem um episódio -, que se passa em 1984, onde o espectador não apenas assiste, mas muito mais que isso: ele participa. O grande diferencial do evento, e pelo qual muitos o classificaram como jogo, é que ele porta uma grande interatividade do espectador com a história, como se fosse realmente um jogo. Uma escolha, uma história. Você influencia o rumo da trama.
O enredo gira em torno de Stefan e do jogo que está produzindo baseado num livro fictício, ambos de mesmo nome: Bandersnatch.
O evento, seguindo o jeito Black Mirror de ser, tem várias partes em que levam o audiente a pensar sobre a vida, sobre seu controle sobre ela e sobre suas decisões.
"Bandersnatch" é o nome de uma criatura criada por Lewis Carroll, apresentada no livro Alice Através do Espelho, em 1872. Além disso, também foi o nome de um videogame desenvolvido pela Imagine Software, em 1984, porém nunca concluído e divulgado.
Ademais, não só o nome da criatura de Lewis Carroll foi uma referência à sua obra como também outras cenas e personagens parecidos.
Fora essas referências tem-se também menção ao jogo arcade Pac-Man, a músicas que fazem inteiro sentido quando bem analisadas em relação à série, e muitas outras, que se o espectador estiver prestando bastante atenção aos mínimos detalhes, até aqueles que parecem de primeira vista banais, se dará bem no evento e entenderá melhor a grandeza desse.
"Black Mirror: Bandersnatch" foi uma ideia maravilhosa e de igual forma executada. E David Slade, diretor britânico, merece aplausos pelo seu trabalho muito bem feito. Mais um deles.